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suplementação de cafeína é utilizada como meio de alcançar o sucesso esportivo de alto nível, treinadores, nutricionistas, médicos e cientistas têm lançado mão de inúmeros recursos ergogênicos no intuito de potencializar a performance atlética ou atenuar os mecanismos geradores de fadiga de seus atletas.

cafeína é um suplemento utilizado para retardar e fadiga e prolongar a performance aeróbia e de força, a fadiga é apontada como fator limitante da performance atlética e constitui um fenômeno complexo ou até mesmo um conjunto de fenômenos de interação simultânea com diferentes graus de influência, dependendo da natureza do exercício físico. No processo de instauração da fadiga, deve ser considerado não apenas o componente periférico, mas também o componente central, que por sua vez tem recebido crescente atenção dos pesquisadores.

A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é um antagonista dos receptores A1 e A2 de adenosina que ultrapassa rapidamente a barreira hemato-encefálica, agindo como estimulante psicomotor. A suplementação de cafeína durante o esforço moderado eleva a maior atividade do eixo hipotalamico-hipofisário-adrenal e o sistema nervoso autonômico, diminuindo o tempo de reação ao estímulo e reduzindo a percepção ao esforço. Estudos têm demonstrado a atividade ergogênica positiva da cafeína no exercício de endurance, causada provavelmente pelo retardo do aparecimento da fadiga e aumento do poder contrátil dos músculos esqueléticos e cardíaco.

Ação da cafeína na fisiologia humana

A cafeína parece possuir efeitos distintos sobre o SNC, resistência vascular, lipólise do tecido adiposo e metabolismo. A soma dessas ações podem levar a uma maior economia do glicogênio, pelo aumento na oxidação das gorduras e diminuição da oxidação de carboidratos. Esses efeitos parecem acontecer de maneira indireta pelo aumento da epinefrina no plasma ou diretamente pelo antagonismo no receptor de adenosina. Em adição, a xantina estimula a entrada de cátions mono e divalentes modulando canais não-seletivos de cátions e aumentando a concentração de Ca2+ liberado pelo retículo sarcoplasmático, inibindo a fosfodiesterase e aumentando o AMPc. Assim é provável que a cafeína possa influenciar na sensibilidade das miofibrilas ao Ca2+.

A ingestão de cafeína pode provocar aumento da performance, com efeitos colaterais por doses-dependentes. Arritmias, náuseas, tremor, irritabilidade e insônia podem aparecer em atletas sensíveis à substância. O melhor desempenho físico causado pela cafeína parece estar ligado a uma mudança hormonal e metabólica, onde a cafeína somada ao exercício estimula a liberação mais rápida das b -endorfinas e cortisol, diminuindo a sensação de dor muscular. Devido aos efeitos cardio-vasculares, a suplementação de cafeína deve estar a cargo de um profissional habilitado e feita sob rigorosa orientação e acompanhamento.

Estudos de nosso laboratório têm demonstrado que a suplementação aguda de cafeína inicia um importante papel protetor na resposta imune provocada pelo aumento nas microlesões da musculatura estriada esquelética.

O efeito ergogênico da cafeína sobre a performance em exercícios físicos anaeróbios ainda não esta claro, da mesma forma que os mecanismos de ação envolvidos nesse tipo de esforço físico. As teorias que têm tentado explicar o efeito ergogênico da cafeína durante o exercício físico anaeróbio esta relacionada ao efeito da cafeína em alguma porção do sistema nervoso central (SNC), e a propagação dos sinais neurais entre o cérebro e a junção neuromuscular, e também ao efeito da cafeína sobre o músculo esquelético, facilitando a estimulação-contração do músculo esquelético.

Alguns estudos têm indicado aumento da força muscular acompanhado de maior resistência à instalação do processo de fadiga muscular após a ingestão de cafeína. Sugere-se que isso ocorra muito mais pela ação direta da cafeína no SNC do que pela sua ação em nível periférico. Com relação aos exercícios máximos e supramáximos de curta duração, os estudos têm-se demonstrado controversos, embora a maior parte indique que a cafeína parece melhorar significativamente a  performance  em exercícios máximos de curta duração (<5 min), quando não precedidos por exercícios submáximos prolongados. Entretanto, esses resultados necessitam de confirmação, assim como de maior esclarecimento quanto aos mecanismos de ação da cafeína nesses tipos de esforços.

Altimari, Leandro Ricardo; Moraes, Antonio Carlos de; Tirapegui, Julio; Moreau, Regina Lúcia de Moraes. Cafeína e performance em exercícios anaeróbios. Rev. Bras. Cienc. Farm. 42(1): 17-27, ILUS, TAB. 2006 Mar.

Cameron, L. C., Adriana Bassini. As bases bioquímicas da suplementação com cafeína, http://www.proximus.com.br/news/node/163

 

Rodrigo Ramos
Rodrigo Ramos
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