Princípios do treinamento aplicados a musculação feminina

Diversos autores vêm escrevendo já há bastante tempo sobre os princípios bási­cos ou princípios científicos do treinamento de força.

O rol destes princípios é, portanto, bastante volumoso então vamos falar nos principais que se encaixam como uma luva no treino de musculação feminina.

Princípios científicos

São seis, portanto, os princípios científicos do treinamento:

  • Princípio da individualidade biológica;
  • Princípio da adaptação;
  • Princípio da sobrecarga;
  • Princípio da continuidade;
  • Princípio da interdependência volume-intensidade;
  • Princípio da especificidade.

Estes seis princípios são a pedra angular da musculação para mulheres. Uma vez bem assi­milados permitem que o preparador crie seus próprios métodos e técnicas de prepara­ção, baseados nos processos já existentes.

Princípios da individualidade biológica

Esse princípio pode ser resumido na seguinte frase, quem nasceu para ser lagartixa não chega a crocodilo. Já foi dito em outros posts que a associação do genótipo ao fenótipo produz pessoas totalmente diferentes entre si.

Mesmo duas pessoas que, por um capricho da natureza, venham a nascer com o mesmo genótipo, como é o observado em gêmeos univitelinos, durante suas vidas terão experiências diversas, ocasionando a formação de indivíduos diferen­tes.

O indivíduo deverá ser sempre considerado como a junção do genótipo e do fenótipo, dando origem ao somatório de especificidades que o caracterizará.

Genótipo + Fenótipo = Indivíduo

Para o interesse específico dos leitores, deve-se entender o genótipo como a carga genética transmitida à pessoa e que determinará diversos fatores, tais como:

  • Composição corporal;
  • Biotipo;
  • Altura máxima esperada;
  • Força máxima possível;
  • Aptidões físicas e intelectuais (potencialidades, tais como: maior V02 possí­vel percentual de tipos de fibras musculares, etc).

Ou seja, existem pessoas que nascem com um corpo escultural (CROCODILO) e sempre vão ter que se esforçar menos que você (LAGARTIXA) para ter os mesmos resultados.

O fenótipo, é tudo o que é acrescido ou somado ao indivíduo a partir do nascimento, será responsável por outras características como:

  • Habilidades desportivas;
  • Consumo máximo de oxigênio que um indivíduo apresenta (V02 max);
  • Percentual real dos tipos de fibras musculares;
  • As potencialidades expressas (altura do indivíduo, sua força máxima, etc).

Para melhor compreensão, tomar-se-á como base o caso da proporção entre os

tipos de fibras musculares existentes numa pessoa. Como se sabe, as fibras dos músculos esqueléticos podem ser classificadas con­forme suas propriedades cinéticas em dois tipos diferentes: as fibras slow twitch e as fibras fast twitch.

Atualmente, esta nomenclatura vem sendo progressivamente aban­donada em proveito de outra mais neutra que, respectivamente, as denomina fibras de tipo I e de tipo II.

Fibra tipo I

A fibra de tipo II, que possui uma alta atividade de miosina ATPase, pode ser subdividida em três grupos (lia, llb e llc). Essa fibra é predominante em maratonistas, esses indivíduos são extremamente resistentes mas não conseguem elevados ganhos de massa magra.

Fibra tipo II

A típica fibra fast twitch é a llb. Já a IIa, com seu alto potencial oxidativo e potência glicolítica intermediária, é relativamente resistente à fadiga. A fibra llc, por sua vez, é uma fibra pouco diferenciada. Essas fibras são predominantes em velocistas e fisiculturistas, esses indivíduos são extremamente fortes e conseguem elevados ganhos de massa magra.

A responsabilidade pela determina­ção do percentual corporal destes tipos de fibra é genético, as propor­ções entre as fibras de diferentes subgrupos dentro da família do tipo II podem variar em épocas diferentes em um mesmo indivíduo”.

Esta variação, via de regra, está asso­ciada ao tipo de treinamento a que um aluno está submetido. Resumindo, para facilitar a compreensão do assunto, pode-se dizer que os poten­ciais são determinados geneticamente, e as capacidades ou habilidades expressas são decorrentes do fenótipo.

Portanto em atenção ao princí­pio da individualidade biológica, executar um treinamento personalizado é fundamental.Como foi dito anteriormente, o melhor resultado vem para aquela aluna que nasceu com um “dom da natureza” e que, aproveitando esse dom totalmente, o desenvolve através de um per­feito treinamento.

Conclusão

O conhecimento da individualidade biológica do cliente, que é feito através dos princípios da preparação física, propiciará a exploração dos pontos fracos da cliente para que ela possa atingir seus objetivos de forma eficiente.

Além disso, ficou claro com esse post que realizar o treino da amiga não funciona, pois ela não tem as mesmas fibras musculares que você! Então use programas específicos para seu genótipo!

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Autor: Rodrigo Ramos

Sou Personal Trainer, especialista em programas de hipertrofia e definição muscular. Se tiver alguma dúvida CLICA NO ÍCONE DO WHATSAPP no canto inferior DIREITO da tela OU na imagem no meio do POST para falar diretamente comigo! Boa leitura!

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