Reabilitação do ligamento cruzado posterior na musculação

As lesões do ligamento cruzado posterior são incomuns, mas temos alguns alunos em nossa consultoria online apresentaram esse tipo de lesão. Como acontece com qualquer ligamento do joelho, o ligamento cruza­do posterior pode ser lesionado isoladamente ou em combinação com outras estruturas.

A maioria das discussões sobre lesões do ligamento cruzado posterior giram em torno de rompimentos completos (distensões de Grau III) do liga­mento. Sem dúvida, como acontece com qualquer outro ligamento, distensões de Grau I e II acontecem com muito mais freqüência do que as lesões mais graves.

Parece que a maioria dessas lesões menores são diagnostica­das como lesões de hiperextensão e, assim, nunca consideradas distensões de ligamento cruzado posterior.

Sendo o papel do ligamento cruzado posterior algo controverso, a adminis­tração das distensões mais graves do ligamento cruzado posterior também não é muito bem definida.

Ligamento cruzado posterior & mecanismo da lesão

Torn Anterior Cruciate Ligament

A hiperextensão do joelho parece ser o mecanismo mais comum da lesão. Isso pode resultar de um golpe direto na frente do joelho ou de um passo em falso durante corrida ou salto.

Na primeira circunstância, a lesão é vista em atividades como futebol americano, futebol ou outros esportes de contato/colisão na segunda, pode ser encontrada em qualquer atividade.

A lesão também pode se originar de um golpe direcionado à frente da parte superior da tíbia com o joelho flexionado a 90°, levando a tíbia posteriormente para baixo dos côndilos femorais.

Sintomas de distensão do ligamento cruzado posterior

Com as lesões mais graves, um estalo é ouvido ou sentido. Distensões de natureza menos grave costumam ser acompanhadas da sensação de que o aspecto posterior do joelho está esticando.

A dor é posterior, intensa no início, mas de duração variável. Devido ao alon­gamento concomitante da cápsula posterior e do gastrocnêmio, as tentativas de estender o joelho nos últimos 20° costuma produzir dor posterior.

Exame físico

A avaliação precisa de instabilidade posterior é o aspecto mais importante do exame físico. Os testes de deslizamento posterior e gaveta posterior são realizados com o paciente supino, os quadris flexionados e os joelhos flexionados a 90°.

O teste de gaveta é executado segurando-se a parte superior da tíbia e puxando-a gentilmente para frente e para trás. A quantidade de excursão posterior anormal e a presença (ou ausência) de um ponto final são observados.

Exame radiográfico

O estudo radiográfico é indicado quando há instabilidade posterior demonstrável, com histórico de efusão/hemartrose rapidamente desenvolvida, ou gordura no material recolhido na aspiração da articulação (o que pode indicar uma fratura intra-articular ).

As regiões da eminência intercondilar e da tíbia posterior devem ser cuidadosamente examinadas, para evidências de fratura com separação.

Tratamento inicial

O tratamento inicial inclui aplicação de gelo, compressão focalizada e uso de um imobilizador para o joelho, dobrado de forma a permitir que este seja confortavel­mente estabilizado. Não sendo possível a locomoção indo- lor, devem ser usadas muletas.

Tratamento definitivo

O tratamento definitivo é focalizado no restabelecimento da força normal, ou acima do normal, do quadríceps. A contração do quadríceps tende a deslocar ante­riormente a tíbia, isto é, reverter o sinal de gaveta posterior.

Inversamente, a con­tração dos músculos posteriores da coxa desloca posteriormente a tíbia. Assim, a meta do programa de reabilitação é estabelecer força/função do quadríceps ade­quadas para superar a ação dos músculos posteriores da coxa.

Em nossa experiên­cia, isso quase sempre é possível e permite o retorno à maioria das atividades es­portivas sem reparo ou reconstituição cirúrgica do ligamento.

Contrações isométricas do quadríceps são iniciadas na época da lesão e conti­nuadas ao longo de todo o programa de reabilitação.

Exercícios dinâmicos do qua­dríceps começam assim que houver qualquer área indolor de alcance de movi­mentos. As metas de taxa de repetição máxima para uma só perna devem chegar a 30 a 40% do peso corporal, independentemente do esporte que o atleta deseje vol­tar a praticar.

A força dos músculos posteriores da coxa é deixada para retornar espontaneamente sem exercícios específicos. O alongamento dos músculos poste­riores da coxa é importante e deve ser tentado ativamente, mas a hiperextensão do joelho deve ser evitada. Com tais exceções em mente, deve-se seguir o programa padrão de reabilita­ção do joelho.

Conclusão

A reabilitação da lesão no ligamento cruzado posterior na musculação é simples, basta evoluir do trabalho isométrico para o dinâmico a medida que o aluno suporte a dor.

Autor: Rodrigo Ramos

Sou Personal Trainer, especialista em programas de hipertrofia e definição muscular. Se tiver alguma dúvida CLICA NO ÍCONE DO WHATSAPP no canto inferior DIREITO da tela OU na imagem no meio do POST para falar diretamente comigo! Boa leitura!

2 comentários em “Reabilitação do ligamento cruzado posterior na musculação”

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