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Os macros e micronutrientes têm funções importantes no metabolismo, inclusive há estudos relacionando os minerais a hipertrofia muscular e à perda de massa gorda. O mineral cromo é um deles, a forma comum nos alimentos é Cr3+ e sua ação fisiológica ocorre em associação com a nicotinamida e os aminoácidos glicina, cisteína e ácido glutâmico, formando o fator de tolerância à glicose.

A função

Sua função na modulação da hipertrofia muscular e de massa gorda está na atuação dele como modulador da ação da insulina, que é um hormônio anabólico. A melhora da captação de glicose pelas células ocorre pelo cromo, ele é responsável por essa ação. Além de atuar na melhora da circulação sanguínea e, por conseqüência, na manutenção adequada dos níveis de glicose no sangue. O cromo é relacionado como aliado por evitar o desenvolvimento de resistência insulínica em atletas, o que promoveria dano à performance e à saúde.

A ação do cromo no metabolismo glicídico se dá por meio da ligação do mineral a uma proteína intracelular (apocromudolina) que se liga ao receptor de insulina na parte interna da membrana celular e dispara uma sequência de sinais que levam à translocação do transportador de glicose na membrana celular. O cromo também inibe a síntese de enzima hepática responsável pela síntese de colesterol, agindo, portanto no controle dos níveis de colesterol sanguíneo de pessoas com dislipidemias. Vale ressaltar que pessoas com intolerância à glicose, hipercolesterolemia, diabetes e idosos, geralmente, apresentam baixas concentrações sanguíneas de cromo.

Os riscos

Se não houver o controle do metabolismo glicídico (da glicose), pode haver prejuízo para a síntese proteica e para a captação muscular de creatina, podendo levar ao catabolismo (quebra muscular) após o exercício, que não é o objetivo do praticante de atividade física.

Durante o exercício, o cromo é mobilizado dos estoques corporais para ser disponibilizado para a captação de glicose pelas fibras musculares – sem esse processo, os efeitos do exercício no anabolismo (ganho de massa magra) não são potencializados.

Sabe-se que após exercícios aeróbios prolongados o nível sanguíneo de cromo se mantém elevado por até 2 horas. Em resumo, a deficiência deste mineral é limitante para o ganho de massa magra e para a queima dos estoques de gordura corporal.

As fontes naturais do cromo são: oleaginosas, trigo, lêvedo de cerveja, maçã, banana, carnes magras, feijões e leguminosas, brócolis e espinafre, entre outros. Sua distribuição entre os diferentes grupos de alimentos é boa, entretanto podemos considerar seu consumo irregular na dieta brasileira, pois frutas, leguminosas e cereais integrais são pouco consumidos por nossa população.

Conclusão

A ingestão diária adequada de cromo corresponde a 25-35 mcg ao dia (sem suplementação). Em vista disso, a recomendação de alguns estudos para o uso do cromo como suplementação esportiva ocorre em virtude dele ser um nutriente anabólico que aumenta a sensibilidade à ação da insulina e estimula a captação de aminoácidos pelo músculo e, por conseguinte, a síntese protéica, o que leva ao aumento da resposta metabólica adaptativa do exercício.

Porém não utilize suplementos sem prescrição de um nutricionista, pois assim como muitos outros minerais, o cromo, quando em excesso, pode causar intoxicação.

Referências Bibliográficas:

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