A maioria dos clientes da personal trainer online querem um abdômen definido, Se fizéssemos uma pesquisa com os praticantes de musculação sobre: “se querem ter um abdômen forte e definido”, quantos deles você acha que responderiam que sim?

Mais do que 80%, tenho certeza. Infelizmente, esse desejo faz com que a maioria das pessoas exceda na quantidade de exercícios abdominais. A principal consequência disso não é nem a falta de resultados e sim as lesões (principalmente no quadril e na coluna lombar).

Abdômen: Qual a real necessidade de estimular estes músculos?

A resposta é que, apesar de serem músculos fortes e resistentes, eles precisam de uma boa sobrecarga para que fiquem fortalecidos. E necessitam também, é claro, de descanso meus amigos, descanso!

Sim, você deve treiná-los como treina os seus demais músculos, porém você precisa fazê-los descansar na mesma proporção. Tenho certeza que você não treina bíceps, tríceps, pernas, costas e peitorais todos os dias, não é verdade? E por que acha que treinar abdominais de maneira intensa e todos os dias darão algum resultado?

Veja, intensidade é fator importante para hipertrofia, porém, como já foi falado por aqui, dá para pecar tanto pela falta quanto pelo excesso. Por isso, algumas variáveis precisam ser consideradas para que o treino de abdominais seja seguro e eficiente:

Estímulos indiretos

O agachamento, por exemplo, é um exercício que impõe uma sobrecarga no abdômen. Então, se você o realizou na segunda-feira, talvez não seja tão interessante você realizar abdominais no dia seguinte. É proibido? De forma nenhuma! Porém, haverá um desgaste maior do seu músculo abdominal, que gera uma falta de descanso e, por fim, pode atrapalhar no desenvolvimento deste grupamento.

Então, o ideal é que pense na estrutura do seu treino, para que não ocorram essas “coincidências”.

Intensidade do treino

Ficar fazendo um milhão de abdominais é sinal de que seu treino está pouco intenso – em outras palavras, muito fácil. Uma série bacana de abdominais costuma ter, em média, entre 1 e 2 exercícios para cada região do abdômen. Se estiver fazendo muito mais do que isso, comece a olhar no relógio e veja se não está ficando tempo demais nesse treino e aumente a intensidade.

Execução

Costuma fazer aquele exercício padrão nos abdominais? Para o seu corpo, aquilo já está fácil demais. Assim como em todo exercício de musculação, uma hora o músculo acostuma e aquilo ali fica fácil, consequentemente, não há estímulo necessário para a hipertrofia. Mas calma, não precisa inventar muito para mudar este quadro. No abdominal tradicional, por exemplo, só o

fato de você estender os braços acima da sua cabeça e executar o mesmo movimento, faz com que você aumente a intensidade do seu exercício. Viu só? Uma mudança simples na execução pode fazer toda a diferença. Pense também em adicionar carga, diminuir o tempo de descanso, como também a velocidade da execução. Essas variáveis podem fazer do seu treino mais efetivo e intenso.

Descanso

Você passa boa parte do seu dia sentado? Se a resposta é sim, sabia que seus músculos abdominais estão sendo recrutados o dia todo? Pois é, uma quantidade excessiva de treinos abdominais pode prejudicar, inclusive, o seu trabalho. Então, leve em conta esse fator na hora de montar o seu treino.

Muita gente acredita que fazendo muitas vezes abdominais é possível perder a famosa barriguinha. É um excelente aliado, porém, não adianta nada disso se você não tira da sua alimentação as coisas gordurosas que come.

Conclusão

Os exercícios abdominais atuam no fortalecimento dos músculos dessa região, mas de forma alguma eliminam a gordura localizada. Está em busca de um abdômen definido? Reduza o seu percentual de gordura. Como fazer isso? Com dieta e treino intenso, principalmente.

Em geral, deve-se sempre obedecer à individualidade de cada um e seus objetivos, só assim é possível estipular a necessidade ou não de alguns exercícios. Por isso, na hora de montar os seus treinos é de fundamental importância ter um bom profissional de educação física por trás deste processo.

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