Exercícios para os glúteos, guia completo
16 de março de 2018Whey protein, como fazer seu dinheiro render
16 de março de 2018Muitos clientes da personal trainer online se preocupam com a porcentagem de gordura, mas sempre faço a mesma pergunta você já mediu o seu percentual de gordura de forma correta? Se sim, faz isso com frequência?
Percentual de gordura & IMC
A questão a ser debatida aqui não é o fato de você fazer ou não o controle deste índice, mas o uso que você faz dele. Muitas pessoas acreditam que eles podem ajudar a indicar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Mas será que isso é verdade? O IMC pode servir de parâmetro e prever um risco?
Se existe uma medida que desperta atenção (tanto pelo lado bom como pelo ruim) nas pessoas, é o percentual de gordura corporal. Isso está muito ligado com a grande preocupação que se tem com a estética hoje em dia e os potenciais problemas (principalmente de saúde) que o excesso de gordura em nosso corpo.
Porém, não há valores de referência que infiram qual ou quais são os percentuais de gordura corporal que conferem um risco maior ou menor. Os valores considerados “ideais” variam amplamente de acordo com as fontes; isso é um bom argumento para suspeitarmos da arbitrariedade destes valores que são, muitas vezes, pautados apenas pela estética.
Então, não é correto dizer que uma pessoa que apresente 15, 20,25 ou 30% de gordura corporal trata-se de uma pessoa saudável e vice versa, pois não há bons valores de referência para isso.
Percentual de gordura & Vantagens
Claro, isso não quer dizer que mensurar o percentual de gordura é inútil, pelo contrário, é algo que pode ser muito útil e valioso. Um bom uso disso, por exemplo, é no acompanhamento de uma pessoa que inicia um programa de treinos.
Avaliar a composição corporal antes e depois de um determinado período de treinamento pode fornecer bons indicativos da perda de gordura e ganho de massa magra em resposta a esta intervenção, fator que pode ajudar na motivação da pessoa.
Alem do percentual de gordura, uma boa alternativa para avaliar a sua evolução estética é a soma das dobras cutâneas ou a avaliação de uma dobra específica. Pois de nada adianta aumentar X ou reduzir Y se você não tiver feliz com o espelho.
Mas por que o percentual de gordura não é uma boa medida de avaliação para o risco de doenças cardiovasculares? Exatamente pelo fato da importância da quantidade de gordura corporal ser inferior a sua distribuição.
Sim, sabemos que a gordura localizada na parte superior do corpo (a famosa gordura abdominal), especialmente aquela que fica entre os órgãos, é a que oferece o maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas.
Então se o IMC não é uma medida “confiável” para predizer uma doença, qual é? A medição de quantidade de gordura visceral, que se dá por meio de ressonância magnética ou tomografia computadorizada.
Porém, ambos os exames têm um custo elevadíssimo, o que os torna impraticáveis em muitas situações. A boa notícia é que você pode fazer isso de uma forma barata e muito efetiva através da mensuração da circunferência da cintura (CC).
Para isso você precisará apenas de uma fita métrica e a tabela abaixo.
Recentemente, pesquisadores passaram a sugerir a utilização da medida CC relativizada pela altura (ambas em cm). A justificativa para isso é o fato de, por exemplo, dois sujeitos com a mesma CC e com alturas diferentes.
Na realidade, eles possuem diferentes percentuais de gordura abdominal; então o sujeito mais alto terá um menor percentual do que o mais baixo. Para esta medida, a seguinte regra parece valer: mantenha sua CC em valores menores do que a metade da sua altura. Isso significa que a relação CC/altura deve ser < 0,5.
Conclusão
Para quem faz musculação e busca estética o % de gordura ainda é falho, pois mesmo que você tenha índices baixos a gordura pode estar em locais que você não deseja, então não adianta ter 12% de %G e uma pochete enorme. Já para quem está preocupado com a saúde o objetivo deve ser a redução da circunferência
Lembre-se, caso sua CC esteja elevada, há uma forma barata e altamente funcional para mudar isso: dieta prescrita por um nutricionista, exercícios físicos e 7 a 8 horas de sono!
Leia mais