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A dieta cetogênica existe desde a década de 1920, quando foi desenvolvida nos Estados Unidos para ser empregada no tratamento da epilepsia refratária em crianças, ou seja, os casos de difícil tratamento. Hoje as dietas cetogênicas são utilizadas por muitas pessoas com o objetivo de perda de peso e de gordura, no tratamento da síndrome metabólica, da obesidade, do diabetes e até do câncer.

A palavra cetogênica vem de “cetose”, que é a fase do catabolismo que ocorre quando o fígado trabalha de maneira a transformar as gorduras ingeridas em ácidos graxos e corpos cetônicos, o que na sequência vai se transformar em energia para as atividades do dia a dia. Ela é um estágio do metabolismo do nosso corpo, que acontece quando há ausência de glicose no organismo.

Esta dieta caracteriza-se por ser composta de 55% a 65% de gordura, menos de 20% de carboidratos (100 g ao dia), e 25% a 30% de proteínas. Apesar de toda a controvérsia, essas dietas estão, atualmente, entre as mais populares (Diretrizes Brasileira de Obesidade, 2009). Há alguma sugestão de que uma dieta rica em gordura pode ser mais eficiente do que uma dieta rica em carboidratos (PI-Sunyer, 1982).

Os efeitos adversos que ocorrem normalmente no início da dieta pobre em carboidratos (fraqueza, hipotensão ortostática, dores de cabeça, constipação e cãibras musculares) são de curta duração e pode ser reduzido pela ingestão abundante de líquidos, o consumo de legumes, caldo de carne, multivitamínico e suplementos minerais diários (Yancy e colaboradores, 2004). A possível vantagem para perda de peso de uma dieta que enfatiza a proteína, gordura, ou carboidratos ainda não foi estabelecida (Sacks e colaboradores, 2009).

Pesquisas mostram os efeitos da dieta cetogênica em obesos.

Dashti e colaboradores (2004) Determinar os efeitos de uma dieta cetogênica (Baixo Carboidrato). 83 obesos (39 Homes  e 44 Mulheres) com IMC superior a 35 kg/m2, e de glicose e colesterol níveis altos. Dieta Baixo Carboidrato (30g de Carboidrato, 1g/kg de Massa Corporal de proteína, 20% de Lipídeos saturados, e 80% Lipídeos poli-insaturados) em obesos.

Por 24 semanas, foram medidos: Massa Corporal, níveis de glicose e colesterol, IMC, colesterol total, LDL, HDL, Triglicérides, glicemia de jejum, ureia e creatinina.

Resultados: A massa Corporal, IMC e os níveis de colesterol total, LDL, Triglicérides a glicose no sangue diminuiu significativamente. Os níveis de HDL aumentaram. O estudo mostra os efeitos benéficos de uma dieta Baixo Carboidrato. O estudo confirma que é seguro usar uma dieta Baixo Carboidrato durante um longo período de tempo.

Cassady e colaboradores (2007) Verificar o efeito de 2 tipos de dietas de Baixo Carboidrato na perda de Massa Corporal e melhora o perfil lipídico do plasma. 18 indivíduos, 6 Homes e 12 Mulheres, divididos em dois grupos. Foi realizada dieta de 1487 kcal, (7% Carboidrato, 43% proteína e 50% Lipídeos). Um grupo ingeriu alimentos ricos em Lipídeos poli-insaturados outro em Lipídeos saturados.

Por 28 dias. foram medidos: Massa Corporal e níveis plasmáticos de colesterol.

Resultados: Ambas as dietas foram associadas com perda significativa de Massa Corporal e Triglicérides. Este estudo determinou que a dieta de Baixo Carboidrato promova perda de Massa Corporal significativa, sem alterações na concentração de Triglicérides.

Conclusão

Os estudos analisados demonstraram bons resultados com a dieta cetogênica sem risco à saúde. Também é importante rever os critérios de adaptação a qualquer mudança dietética, sabendo que fisiologicamente cada organismo responde de formas e em tempo diferentes.

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Maria Luiza Penelupi
Maria Luiza Penelupi
Graduada em Educação física Pós-graduado em Fisiologia do Exercício Professora de musculação, ginastica localizada e Spinning Personal training Atuou por 3 anos como pesquisadora do Laboratório de Fisiologia do Exercício da FEFIS-SANTOS Colunista do site musculacaoonline.com.br Membro da equipe musculação online

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