Treino aeróbio a distância, como realizar a prescrição
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21 de abril de 2018Muitos alunos da personal trainer online já tiveram distensões nos ligamentos em decorrência de torções ou acidentes automobilísticos. Distensões são lesões nos ligamentos. O termo luxação no ligamento é, às vezes, usado para descrever as circunstâncias biomecânicas da lesão, mas não é realmente adequado.
Como classificação de diagnóstico, distensão é uma lesão numa unidade tendão-músculos. O esquema apresentado aqui para diagnóstico e administração de distensões é baseado em duas premissas:
- 1º em muitas articulações, os ligamentos dividem com os músculos a responsabilidade de as estabilizar;
- 2º. os ligamentos previnem apenas um movimento anormal da articulação.
As distensões ligamentares
O fato de que os ligamentos não são os estabilizadores exclusivos das articulações é prontamente evidente. Considere a ampla variação de estabilidade nas articulações, ou frouxidão, entre os indivíduos. De um lado do espectro, estão aqueles indivíduos de articulações soltas que, quando testadas, apresentam posições aparentemente patológicas; no entanto, eles não têm nenhum histórico de lesões anteriores e nenhuma queixa quanto à aparente frouxidão.
Do outro lado, estão os indivíduos “apertados”, cujas articulações cedem pouco, se chegam a ceder, a forças anormais. No entanto, se o joelho normalmente frouxo do indivíduo solto fosse encontrado de um lado da pessoa “apertada”, seria interpretado como evidência significativa de lesão.
Obviamente, algo mais que a força estabilizadora estática dos ligamentos está operando para permitir estabilidade funcional, apesar dos graus muito variados de frouxidão verificados em exames. Indo um pouco além, é premissa nossa que os músculos e tendões atuando em uma articulação não somente têm a capacidade de estabilizar uma articulação fisiologicamente frouxa, mas também são capazes, em inúmeras ocasiões, de estabilizar uma articulação que está patologicamente frouxa devido a uma lesão.
Por definição, ligamentos não limitam movimentos fisiológicos. Da mesma forma, dentro do limite de alcance dos movimentos fisiológicos, os ligamentos não são danificados. Assim, mesmo lesionado um ligamento provavelmente não ficará mais comprometido se a articulação envolvida for movimentada dentro da área normal de alcance dos movimentos.
Finalmente, deve-se manter em mente que quase sempre é mais trabalhoso tratar dos efeitos secundários de uma lesão no ligamento do que da lesão em si. O inchaço e o espasmo do músculo protetor, ambos limitadores do movimento e do uso normal, acarretam mau uso dessas mesmas estruturas, principalmente os músculos, das quais se espera, depois, que assumam maior responsabilidade na estabilização da articulação.
Mecanismo da lesão
Distensões ocorrem como resultado de se forçar uma articulação além do seu alcance de movimento (joelho hiperestendido) ou de forçá-la em uma direção na qual normalmente existe pouco ou nenhum movimento (distensão lateral do tornozelo).
Quase por definição, qualquer distensão significativa requer alguma subluxação da articulação e algumas distensões são resultados de deslocamentos. (Embora geralmente não se veja por esse ângulo, a administração de deslocamentos ou subluxações nada mais é que o tratamento dos ligamentos distendidos no processo).
As forças anormais que produzem a distensão podem ser aplicadas rapidamente, como no caso de uma lesão “clipping” no futebol americano, ou lentamente, como em uma queda lenta e torcida no esqui. Ainda que ligamentos se comportem de maneiras diversas, dependendo do quão rápido ou devagar forem esticados, qualquer um desses mecanismos pode provocar lesão.
Sintomas
O sintoma predominante associado a uma lesão no ligamento é a dor. E uma dor aguda e normalmente localizada na região exata da lesão no ligamento. Pode ser duradoura, mas nas distensões mais graves (Grau III) pode desaparecer em cerca de lmin.
Assim, com o rompimento completo dos ligamentos, a dor pode ser desproporcionalmente menor que a gravidade da lesão. O corolário disso com freqüência é verdade; por exemplo, lesões menos graves podem estar associadas a mais dor do que se poderia esperar, dada a quantidade de danos causados ao ligamento.
Algum inchaço costuma estar presente. O tamanho do inchaço depende da gravidade da distensão (por exemplo, quanto mais fibras rompidas do ligamento, mais inchaço) e da administração inicial.
Se, por exemplo, uma distensão for administrada com aplicação de calor, um inchaço substancial pode ocorrer, fazendo com que a lesão pareça ser muito pior do que realmente é. Da mesma forma, permitir que a extremidade lesionada fique em posição dependente, não elevada, encoraja um inchaço desproporcional à gravidade da lesão.
Limitação de movimentos está quase sempre presente como resultado da dor e do inchaço. Como regra geral, o movimento se torna mais restrito com a passagem do tempo. É importante investigar os movimentos possíveis logo após a lesão, uma vez que a maioria dos atletas testa a articulação assim que diminui o choque inicial da lesão.
Da mesma forma, se o médico é afortunado o suficiente e consegue examinar a articulação imediatamente após a lesão, é importante determinar exatamente o alcance de movimentos sem dores. Uma sensação de instabilidade costuma acompanhar as distensões mais graves.
O atleta descreve isso como frouxidão, “escapando” ou oscilação. Em nossa experiência, atletas descrevendo qualquer sensação que possa ser interpretada como frouxidão estão percebendo corretamente a situação e deve-se prestar atenção a eles. Menções a respeito de um estalo na hora da lesão também devem ser consideradas com atenção, já que costumam indicar uma lesão significativa no ligamento.
Diagnóstico
A parte mais importante do exame físico é determinar se existe alguma instabilidade anormal. A presença de inchaço, sensibilidade, equimose ou perda de movimentos é de importância periférica, se comparada à estabilidade da articulação.
Se a pessoa que está realizando o exame é incapaz de testar competentemente a integridade dos ligamentos em questão, o atleta deve ser encaminhado aos cuidados de um especialista. Não estamos sugerindo que um não ortopedista seja incapaz de avaliar adequadamente a estabilidade da articulação, já que não é o caso.
A capacidade de avaliar com precisão a estabilidade de uma articulação requer muita prática e, se a pessoa que está examinando o atleta não está completamente confiante quanto às suas capacidades, as decisões com relação à integridade do ligamento devem ser deixadas para outros, com maior experiência.
A graduação das lesões no ligamento é baseada no quanto a integridade do ligamento foi comprometida, isto é, quanto do ligamento se rompeu. Ligamentos consistem em milhares de fibras de colágeno alinhadas paralelamente.
Quando o ligamento é esticado além de seus limites elásticos, fibras individuais se rompem, mas em localizações diferentes dentro do ligamento. Desta forma, o ligamento pode se alongar porque as fibras rompidas escorregam umas sobre as outras e, ainda assim, o ligamento como um todo pode parecer intacto.
- Distensões de Grau I não provocam alongamento discernível do ligamento e, portanto, nenhuma frouxidão anormal ao examinar.
- A distensão de Grau II se caracteriza pelo alongamento ou rompimento parcial do ligamento, que ainda retém algum grau de integridade.
- Distensões de Grau III são resultado de perda completa da integridade do ligamento, isto é, rompimento total. Ao exame, o fator que diferencia não é tanto a quantidade de movimentos anormais, mas a ausência de um ponto final – a interrupção brusca de um movimento anormal. Sentir a presença de um ponto final é bem parecido com a sensação de dar um puxão num cadarço que se segurava frouxamente nas mãos.
Os outros achados do exame físico decorrem, em sua maior parte, da hemorragia e do edema no local da lesão. Assim, sinais como dor, inchaço, equimose e perda de movimento são conseqüências parciais da extensão dos danos causados ao ligamento, mas resultam principalmente da administração inicial da lesão.
Se esta foi administrada com gelo, compressão, elevação e repouso, os sinais podem estar quase ausentes, mesmo com um ligamento totalmente rompido. Por outro lado, se a parte lesionada foi deixada apoiada em um recipiente com água quente, a aparência pode ser aquela de uma lesão significativa, independentemente de sua gravidade.
Graduação das lesões no ligamento
Grau | Frouxidão Anormal | Ponto Final |
I | Ausente | Presente |
II | Presente | Presente |
III | Presente | Ausente |
Tratamento
A meta do tratamento é restabelecer força e movimento normais, ao mesmo tempo em que protege o ligamento afetado de novas lesões. Com raras exceções, quanto mais cedo forem iniciados os esforços de reabilitação, mais rápido terminarão. A imobilização (para controle do desconforto) de distensões de Graus I e II apenas compromete ainda mais os movimentos e causa atrofia, por falta de uso, nos músculos envolvidos.
A colocação de uma tala pode ser necessária para o prosseguimento das atividades rotineiras, mas a tala deve ser removida várias vezes ao longo do dia para que os exercícios apropriados sejam realizados.
Os exercícios de alcance de movimento devem abranger toda a área livre de dor, bem como os exercícios de fortalecimento.
O ideal é que os períodos de exercício sejam seguidos de 20min de resfriamento. O uso de faixas de compressão deve ser mantido até que todo o inchaço tenha desaparecido e a aparência seja exatamente igual à do membro oposto não lesionado.
Depois da estabilização do inchaço inicial, nós achamos que Tubi-Grip ou meias elásticas similares produzem uma compressão suficiente para a maioria das articulações. Descrições gerais dos programas de exercícios são encontradas no panorama geral, e exercícios específicos se encontram nos capítulos dedicados às lesões individuais.
Qualquer imobilização que exceda um período de 24 a 48h nos parece contraproducente e imobilizações de 1 a 3 semanas parecem fazer menos sentido ainda. Três semanas depois, um ligamento rompido não se fortaleceu, virtualmente, nem um pouco mais do que no momento da lesão.
Após 3 semanas de imobilização, os músculos que normalmente atuam na articulação estão significativamente atrofiados e a articulação perde os efeitos estabilizadores do tônus e ação musculares. A articulação, já fragilizada, fica ainda mais vulnerável a novas lesões.
As questões essenciais no tratamento de distensões são proteger a articulação de esforços anormais enquanto mantém a força e o alcance de movimentos. Como tanto a força quanto o alcance de movimentos são rapidamente perdidos, mesmo em curtos períodos de imobilização é necessário recuperar as funções normais.
Gelo, compressão e repouso têm um propósito importante nas primeiras 24 a 36h; após esse período, a hemorragia local cessa e o inchaço estabiliza-se. Em distensões menores, nas quais há pouco ou nenhum inchaço evidente, a imobilização pode ser completamente descartada. Movimentos dentro da área indolor de alcance de movimentos devem ser encorajados.
A não ser que seja especificamente contraindicado, como numa extensão completa do joelho após lesões no ligamento cruzado anterior, deve-se procurar aumentar a cada dia, sucessivamente, a movimentação, contanto que este aumento não implique em mais dor ou inchaço.
Exercícios isométricos (“contração”) devem ser iniciados imediatamente. Quase sempre, há alguma posição da articulação que permite “contrações” musculares isométricas indolores. As contrações devem ser mantidas por 5 ou 6 segundos e relaxadas por 2 segundos.
Cinco contrações devem ser repetidas a cada hora do dia, pelo menos (exceto durante as horas de sono). Uma vez que um arco de movimento indolor esteja presente, mesmo pequeno, os exercícios isotônicos (levantamento de pesos ou Theraband) devem ser realizados dentro daquela área de alcance de movimentos.
Conclusão
Depois da fase aguda e fisioterapia, o treino de musculação adequado é fundamental no processo de recuperação, então se você precisar de ajuda nossa equipe está preparada para lhe ajudar.
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