Treino de peito avançado com método de pirâmide
19 de fevereiro de 2018Treino de resistência metabólica, para definição muscular
19 de fevereiro de 2018O treino de musculação gasta energia pois estimula o sistema neuromuscular que é um de unidades motoras (neurônios + fibras musculares). Cada unidade motora inclui motoneurônios, axönios e um conjunto de fibras musculares. A quantidade de unidades motoras é inalterável e o número de fibras musculares possivelmente altera-se no decorrer do treinamento, contudo, não mais que 5% ou seja se você nasceu lagartixa não vai virar jacaré (HOPPELER, 1987)
O músculo apresenta basicamente dois tipos principais de fibras musculares que são as vermelhas e as brancas. As fibras vermelhas são também chamadas de Tipo I ou de contração lenta e as brancas de Tipo II ou de contração rápida. A classificação das fibras foi feita por pesquisadores através das suas características contráteis e metabólicas.
De forma resumida você pode ver as diferenças entre os dois tipos de fibra:
FIBRAS DE CONTRAÇÃO LENTA (Tipo I)
– Sistema de energia utilizado: AERÓBICO;
– Contração muscular lenta;
– Capacidade oxidativa (utiliza o oxigênio como principal fonte de energia);
– Coloração: Vermelha (devido ao grande número de mioglobina e mitocôndrias);
– São altamente resistentes à fadiga;
– São mais apropriadas para exercícios de longa duração;
– Predomina em atividade aeróbicas de longa duração como natação, corrida.
FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDA (Tipo II)
– Sistema de energia utilizado: ANAERÓBICO;
– Alta capacidade para contrair rapidamente (a velocidade de contração e tensão gerada é 3 a 5 vezes maior comparada às fibras lentas);
– Capacidade glicolítica (utiliza a fosfocreatina e glicose);
– Coloração: Branca;
– Fadigam rapidamente;
– Gera movimentos rápidos e poderosos;
– Predomina em atividades anaeróbicas que exigem paradas bruscas, arranques com mudança de ritmo, saltos. Ex.: basquete, futebol, tiros de até 200 metros, musculação, entre outros.
Os dois tipos estão presentes em todos os grupos musculares do organismo, no entanto, há o predomínio de um tipo sobre o outro dependendo do músculo e de fatores genéticos. Maratonista tem até 93% de fibras musculares de contração lenta no membros inferiores, já os corredores de 100 mts, levantadores de peso e fisiculturistas tem até 90% de fibras.
Isso quer dizer que se você nasceu para ser forte nunca vai ser um maratonista e se nasceu para ser maratonista nunca vai ser um fisiculturista ou levantador de peso. Porém dentro das fibras musculares ocorre hiperplasia (aumento do número de elementos) de muitas organelas: miofibrilas, mitocôndrias rias, retículo sarcoplasmtico, glóbulos de glicogênio, mioglobina, ribossomos, DNA o que pode lhe transformar em um maratonista forte.
Mas nem tudo está perdido, pois com o treinamento ocorre o aumento dos capilares que vascularizam as fibras musculares e essas alterações que comumente são chamadas de hipertrofia, as quais podem ser facilmente reversíveis através de medidas das circunferências dos grupos musculares ou regiões anatômicas, como a circunferência dos segmentos corporais
Miofibrilas — As miofibrilas são as unidades contrateis das células musculares, elas são formadas por feixes de miofilamentos de actina e miosina que funcionam como uma alavanca no processo de contração muscular como é demonstrado no v
Entre os filamentos de actina e miosina formam-se pontes e com o fornecimento de energia contido no ATP, pode ocorrer a inclinação das pontes, ou seja a contração das miolibrilas e fibras musculares. As fontes formam-se no sarcoplasma com a presença de íons de cálcio e moléculas de ATP, nas fibras musculares relaxadas a concentração de íons de cálcio no sarcoplasn’ta é muito baixa. O aumento da quantidade de miofibriLas nas fibras musculares, decorrente do processo de treinamento, leva ao aumento da sua força, velocidade de contração e tamanho. Juntamente com o aumento das miofibrilas ocorre o aumento das organelas, por exemplo do retículo sarcoplasmático.
Toda vez que vamos para academia e realizamos um treinamento intenso, essas miofibrilas quebram, e se você consumir energia, proteínas e vitaminas na dose certa seu corpo vai construir miofilamentos (alavancas) ainda mais grossos (hipertrofia muscular), além disso para garantir que seu músculos seja capaz de manter o exercícios por várias repetições ele vai aumentar a concentração de glicose e outras organelas da célula, mas isso é discussão para outro artigo.
O músculo apresenta alta suscetibilidade a lesões dependendo do estímulo e após essa lesão ele se recupera da seguinte forma:
- Fase de destruição: caracterizada pela ruptura e necrose de miofibras, formação de hematoma entre miofibras rompidas e reação inflamatória.
- Fase de reparo: constituída de fagocitose do tecido necrosado, regeneração de miofibras, produção de tecido conjuntivo cicatricial e neovascularização dentro da área lesada.
- Fase de remodelação: período no qual ocorre maturação de miofibras regeneradas, contração e reorganização do tecido cicatricial e recuperação da capacidade funcional do músculo.
Conclusão
A musculatura esquelética possui grande capacidade de adaptação ao treinamento de musculação essa capacidade de adaptação ou plasticidade tem relação direta com os demais componentes musculares como matriz extracelular, células satélites e o tecido conjuntivo, assim a capacidade plástica do músculo pode ser afetada por danos às miofibras.
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