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1 de fevereiro de 2018Abordarei nesse artigo, a prescrição do treinamento, mais precisamente, da forma aeróbia para indivíduos sem qualquer patologia, com base no teste ergométrico realizado obrigatoriamente por um médico.
O teste ergométrico avalia a condução elétrica do coração diante da atividade física, além da pressão arterial. Com relação às doenças cardiovasculares, é utilizado para diagnóstico, avaliação do tratamento ou estimativa de complicações futuras. A sua realização é executada na maioria dos casos em esteiras rolantes ou bicicletas ergométricas, com protocolos padrão, previamente determinando velocidade e inclinação no caso das esteiras, e rotação/carga na bicicleta, tendo duração média de 8 a 12 minutos.
Para nós Educadores Físicos, o teste é extremamente importante devido à noção que temos do funcionamento do coração durante o esforço físico do nosso aluno, além de nos fornecer a freqüência cardíaca (FC) máxima do mesmo, na qual utilizaremos para calcular a zona de treinamento.
Com relação à zona de treinamento, já é consenso que o sistema cardiovascular apresenta maiores benefícios provenientes do treinamento entre 60% e 80% da freqüência cardíaca máxima. Porém qual a forma mais correta de calcularmos essa porcentagem de treinamento?
O método mais preciso e indicado pela literatura, é a freqüência cardíaca de reserva, calculado através de fórmula de Karvoren ( Fc treinamento = (Fc Repouso – Fc Máxima) x % de treinamento + Fc Repouso) , onde a FC de repouso deve ser a menor FC antes da realização do teste ou a média de 3 aferições ao acordar e a FC máxima, deve ser a alcançada durante o teste.
Devemos ficar atentos aos protocolos utilizados durante o teste, pois em certos casos o avaliador subestima o paciente e o protocolo se torna longo demais fazendo com que o mesmo não atinja a FC máxima devido à fadiga periférica. Outro caso bastante comum são os testes submáximos, onde o paciente atinge apenas 85% da freqüência cardíaca máxima (Estimada através de 220 – idade). Nesses casos se utilizarmos a FC máxima atingida no teste para calcularmos a % de treinamento estaremos prescrevendo o treinamento abaixo da zona alvo do aluno e subestimando a capacidade do mesmo.
Outro fato que devemos ter atenção é com relação à especificidade do treinamento. Quando o teste ergométrico é realizado em esteira e iremos prescrever exercício em bicicleta para nosso aluno, devemos subtrair 10% da FC máxima e quando feito em bicicleta, devemos acrescer 10% para esteira. Caso nosso aluno faça natação, devemos sempre calcular a FC máxima em esteira, e subtrair 10 BPM para estimarmos a máxima em meio liquido.
Chegamos à conclusão que o teste ergométrico é muito mais que a nossa segurança, é um grande aliado dos Educadores Físicos na prescrição do treinamento, nos proporcionando maior eficácia e precisão.
Protocolo Balke 4.0, em Rampa, modificado.
TEMPO VELOCIDADE INCLINAÇÃO
(min) (mph) (%)
1 2,0 0
1 3,0 0
1 4,0 0
1 4,0 2
1 4,0 4
1 4,0 6
1 4,0 8
1 4,0 10
1 4,0 12
1 4,0 14
1 4,0 16
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